Última alteração: 2020-03-25
Resumo
A pandemia desencadeada pela disseminação do coronavírus coloca-nos diante de muitas questões complexas. A primeira e mais óbvia diz respeito à saúde, à vida e, no limite, à nossa própria finitude diante daquilo que não podemos prever e nem tampouco controlar. A segunda, por sua vez, refere-se à comunicação no contexto da cibercultura e nos remete às complicações decorrentes da subinformação, superinformação e desinformação. A terceira, relacionada à defesa nacional, aponta para a conexão entre geopolítica e guerra cibernética, bem como para a digitalização progressiva do teatro de operações. Tal problemática pode até parecer assunto restrito aos militares, mas o fato é que existem ataques cotidianos de vírus constituídos por bits e algoritmos que podem colocar em risco atividades econômicas e socioculturais, bem como educacionais. A imunidade, em sentido amplo, transformou-se num desafio a ser prontamente enfrentado pela sociedade global.
Nesta breve reflexão, pretendemos discutir algumas relações entre coronavírus, educação on-line e defesa. A educação on-line, vale lembrar, não se limita à educação a distância, pois contempla o conjunto de processos de ensino e aprendizagem realizados no ciberespaço. Inclui, assim, o ensino híbrido ou blended learning, uma tendência que mescla atividades on-line e off-line com foco na personalização dos processos educativos. Propomos, então, algumas aproximações fundamentadas em cinco ideias cujas letras iniciais compõem a palavra vírus: viabilidade, interatividade, responsabilidade, ubiquidade e simplicidade.