Universidade Veiga de Almeida
outubro 21, 2019 – outubro 25, 2019
Descrição:
O propósito deste simpósio é examinar a presença dos militares na história brasileira considerando os mais variados aspectos das relações sociais, bem como os processos de formação profissional, política e ideológica dos militares e das corporações militares. A participação das Forças Armadas e dos militares em movimentos políticos, guerras, insurreições, golpes de Estado, revoluções, contrarrevoluções, práticas repressivas e em projetos/processos de desenvolvimento econômico. Em consequência, será acolhida uma ampla gama de abordagens referentes às instituições e práticas militares. A conjuntura política brasileira hodierna confirma a atualidade e a relevância de se ter os militares e as Forças Armadas como objeto de estudo e a necessidade de se debater a atuação política dos militares, seja em regimes ditatoriais seja em regimes de democracia representativa. São atuais e pertinentes os debates sobre autonomia militar e controle civil sobre as Forças Armadas, sobre a participação dos militares em ações de segurança pública, sobre a soberania nacional e a capacidade real de defesa do país, sobre a formação dos militares e o sistema de ensino militar e as consequências de sua extensão ao ensino de civis. No caso brasileiro, as intervenções, diretas e indiretas, dos militares no sistema político mostram-se recorrentes e com consequências relevantes para a democracia e tornam bem complexas as relações entre militares e civis e confirma os militares e as Forças Armadas como sujeitos marcantes do processo histórico em curso.
Informações sobre a Conferência
João Pandiá Calógeras (Rio de Janeiro, 19 de junho de 1870 — Petrópolis, 21 de abril de 1934) foi um engenheiro, geólogo e político brasileiro. Foi deputado federal por Minas Gerais, ministro da Agricultura, Comércio e Indústria (1914) e da Fazenda (1916) durante o governo de Venceslau Brás. Foi o primeiro e único civil a exercer o cargo de ministro da Guerra na história republicana brasileira, no governo de Epitácio Pessoa, de 3 de outubro de 1919 a 15 de novembro de 1922, quando foi fundador da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais do Exército Brasileiro. Autor do decreto 2.933, de 6 de janeiro de 1915, publicado no Diário Oficial da União em 7 de janeiro de 1915, cujo art. 7.º estabeleceu que a mina constitui propriedade distinta do solo, sendo alienável isoladamente ( art. 2º), dando início ao atual regime mineral presente na Constituição Federal do Brasil. Erudito, foi autor de extensa obra, da qual destacam-se: Formação Histórica do Brasil, publicada pela Companhia Editora do Brasil na prestigiada coleção" Brasiliana", em primeira e segunda edições e está hoje editado pelo Senado Federal, e "Política Exterior do Império", obra que se tornou raridade bibliográfica, teve reedição pelo Senado Federal. Seus restos mortais encontram-se despojados no Cemitério Municipal de Petrópolis - RJ.